Este blogue contém as crónicas publicadas pela autora no semanário angolano «Novo Jornal».
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Erro irreparável (crónica publicada no Novo Jornal)
Troy Davis foi executado às 23h08 locais (4h08 em Luanda) de quarta-feira, apesar dos diversos pedidos de clemência. A justiça ficou, uma vez mais, longe dos tribunais americanos, que, juntamente com o Japão, é o único país democrático que mantém a pena de morte.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Sai da frente... Facebook (crónica publicada no Novo Jornal)
A vida de Hélio Catarino teve uma viragem de 180 graus, desde que um vídeo no YouTube deu a conhecer a sua monumental queda de skate. Numa semana, o «Fail like a boss» teve dois milhões de visualizações. Frases como “o medo é uma cena que a mim não me assiste” e “sai da frente, Guedes” tornaram-se conhecidas no mundo inteiro. E repetidas durante o Verão português.
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Heróis desamparados (crónica publicada no Novo Jornal)
Dez anos depois, a homenagem aos heróis do 11 de Setembro definha por um sentimento de injustiça provocado pelo desamparo dos que contraíram doenças ao tentar salvar vidas e resgatar cadáveres no meio dos escombros do Worl Trade Center (WTC).
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
As noites da humanidade (crónica publicada no Novo Jornal)
“Fadil Sanaan estava a relaxar nas escadas da fonte pública (…) Então viu um homem de aspecto radiante e leve sorriso que se dirigiu para ele e se sentou a seu lado. (…) - Não é deste bairro, pois não?
- O seu instinto está certo – disse o homem de forma simpática -, mas escolhi-o a si para conversar.
Fadil ficou a olhar para ele com a cautela que tinha adquirido à força de ser perseguido pelos espias.
- O seu instinto está certo – disse o homem de forma simpática -, mas escolhi-o a si para conversar.
Fadil ficou a olhar para ele com a cautela que tinha adquirido à força de ser perseguido pelos espias.
terça-feira, 30 de agosto de 2011
Faça o favor... (crónica publicada no Novo Jornal)
Warren Buffett estava longe de pensar na repercussão das suas palavras. Ou talvez não.
Depois de um artigo publicado, no «The New York Times», onde o presidente da Berkshire Hathaway e o terceiro homem mais rico do mundo apelou aos políticos para pararem de mimar os super-ricos, milionários de vários hemisférios ergueram-se a manifestar disponibilidade para ajudar a ultrapassar a crise económica.
Depois de um artigo publicado, no «The New York Times», onde o presidente da Berkshire Hathaway e o terceiro homem mais rico do mundo apelou aos políticos para pararem de mimar os super-ricos, milionários de vários hemisférios ergueram-se a manifestar disponibilidade para ajudar a ultrapassar a crise económica.
domingo, 21 de agosto de 2011
Mimar os ricos (crónica publicada no Novo Jornal)
Quando a esmola é grande o pobre desconfia. Quando o privilégio é enorme os ricos não estranham.
Ou, pelo menos, não estranhavam.
Ou, pelo menos, não estranhavam.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Liberdades (crónica publicada no Novo Jornal)
Ao longo da sua vida, Nancy Wake acumulou superlativos. Durante a segunda guerra mundial, foi a pessoa mais procurada pela Gestapo, a polícia secreta nazi; foi uma das mais eficazes sabotadoras dos aliados, em França, e uma das mais arrojadas espias da resistência.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
A força do perdão (crónica publicada no Novo Jornal)
“Querido Anders Behring Breivik”.
“Tu acreditas que venceste porque mataste os meus amigos e companheiros. Acreditas que destruíste o partido trabalhista e as pessoas que crêem numa sociedade multicultural”.
“Quero que saibas que falhaste. Não vamos responder ao mal com o mal, como gostarias. Vamos combater o mal com o bem. E venceremos”.
“Tu acreditas que venceste porque mataste os meus amigos e companheiros. Acreditas que destruíste o partido trabalhista e as pessoas que crêem numa sociedade multicultural”.
“Quero que saibas que falhaste. Não vamos responder ao mal com o mal, como gostarias. Vamos combater o mal com o bem. E venceremos”.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
Penas de morte (crónica publicada no Novo Jornal)
O Tribunal Supremo da Florida resolveu adiar, por um mês, uma execução agendada para o dia 2 de Agosto, para que seja possível ouvir os argumentos dos advogados de defesa contra o uso de um novo anestesiante na aplicação da injecção letal.
Iluminados (crónica publicada no Novo Jornal)
A organização não governamental Werkstatt Deutschland decidiu atribuir o prémio Quadriga deste ano a Vladimir Putin, o ex-presidente russo que é primeiro-ministro e que, tudo indica, será o próximo presidente do país.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Acima da lei (crónica publicada no Novo Jornal)
Slobodan Milosevic foi preso pela polícia sérvia, a 28 de Junho de 2001, e transferido para o Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia, em Haia, para responder por crimes de guerra. O ex-presidente da extinta República Federal da Jugoslávia não chegou a conhecer a sentença. Foi encontrado morto na sua cela, no dia 11 de Março de 2006, poucos meses antes da conclusão do seu julgamento.
quarta-feira, 13 de julho de 2011
Barbaridade
A primeira advertência que me fizeram quando cheguei a Luanda foi que não parasse se tivesse o azar de atropelar alguém. Devia seguir caminho e dirigir-me à primeira esquadra de polícia que encontrasse.
Pensei, que barbaridade.
Como é que alguém consegue abandonar uma pessoa atropelada?
Há dias, no município da Jamba Mineira, Huíla, o director da Escola do Magistério Primário daquela província do sul de Angola, José dos Santos Kakulipolua, e Costa Numby, professor de física que o acompanhava no carro, foram espancados até à morte por populares, depois do atropelamento mortal de uma criança.
Barbaridade, pensava eu!
Não há gesto que supere em violência e barbárie aquele que foi cometido contra os dois professores, como bem assinalou o arcebispo emérito do Lubango e administrador apostólico da diocese do Namibe, Dom Zacarias Kamwenho.
Pensei, que barbaridade.
Como é que alguém consegue abandonar uma pessoa atropelada?
Há dias, no município da Jamba Mineira, Huíla, o director da Escola do Magistério Primário daquela província do sul de Angola, José dos Santos Kakulipolua, e Costa Numby, professor de física que o acompanhava no carro, foram espancados até à morte por populares, depois do atropelamento mortal de uma criança.
Barbaridade, pensava eu!
Não há gesto que supere em violência e barbárie aquele que foi cometido contra os dois professores, como bem assinalou o arcebispo emérito do Lubango e administrador apostólico da diocese do Namibe, Dom Zacarias Kamwenho.
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Tiro no pé (crónica publicada no Novo Jornal)
O magnata dos media Rupert Murdoch vive dias difíceis. Depois de um ataque à conta do twitter da «Fox News», que anunciou na segunda-feira a morte do Presidente Barack Obama, Murdoch vê ruir um dos títulos do seu império no Reino Unido.
terça-feira, 5 de julho de 2011
P'la revolução grega
No momento em que a Grécia corre o risco de implosão, nada mais oportuno do que ouvir a cantora grega Maria Farantouri a cantar «Hasta siempre», a canção que Carlos Puebla dedicou a Che Guevara.
Há muitas grécias a precisar de novas e urgentes revoluções!
sábado, 2 de julho de 2011
Sem redenção (crónica publicada no Novo Jornal)
A família vive num bairro abastado de Cabul, na década de 1970, durante os últimos anos do reinado do Rei Zahir.
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Hipocrisia ocidental (crónica publicada no Novo Jornal)
John Galliano, a estrela da moda mundial caída em desgraça por proferir insultos anti-semitas, sentou-se quarta-feira num tribunal em Paris para responder num processo, em que já foi publicamente condenado.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Os geniais Três Tristes Tigres
Nas (re)arrumações cá de casa dei de caras com um - há muito perdido mas não esquecido - disco de uma das bandas mais geniais da música portuguesa das últimas décadas: Três Tristes Tigres.
O que aí vem! (crónica publicada no Novo Jornal)
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Luxos (crónica publicada no Novo Jornal)
O presidente da Fundação Mo Ibrahim diz que a Europa "não tem o direito de dar lições aos africanos" em matéria de transparência, quando continua a permitir que as suas empresas se envolvam em "negócios duvidosos" no continente africano.
sexta-feira, 3 de junho de 2011
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