É preciso quebrar o silêncio para pôr termo à morte injustificada de crianças
1 - Bernardo tinha 11 anos. Em Janeiro foi sozinho às
instalações do Ministério Público de São Luiz Gonzaga, no estado do Rio Grande
do Sul, onde morava. Queria uma família nova, porque a que tinha não gostava
dele. Negligenciava-o. Não lhe dedicava o amor que a sua meninice pedia. A mãe
morrera, em 2010, alegadamente por suicídio. E Bernardo vivia com o pai, um
médico reputado naquele estado brasileiro, e com a namorada deste, uma
enfermeira que dedicava ao garoto um desprezo desconcertante.