terça-feira, 29 de maio de 2012

A cotação do Presidente (crónica publicada no Novo Jornal)

Um quadro de Jacob Zuma com os órgãos genitais à mostra, que integra uma exposição inaugurada em Joanesburgo, no dia 10 de Maio, está a criar alvoroço na África do Sul, com o Congresso Nacional Africano (ANC) à proa dos protestos. O pintor sul-africano Brett Murray inspirou-se num poster do russo Viktor Ivanov, datado de 1969, que faz parte da iconografia soviética, para reencarnar a figura de Lenine com a representação do Presidente da África do Sul.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Bando de malfeitores (crónica publicada no Novo Jornal)

Rebekah Brooks, ex-presidente executiva da News International, vai ser acusada, juntamente com o marido, por obstrução à justiça em relação ao escândalo das escutas, que levou ao encerramento do semanário de domingo britânico «News of the World», o primeiro grande jornal do império mediático de Rupert Murdoch.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Democracia, pois!

A grande derrotada nas eleições em França e na Grécia foi a Alemanha. Melhor. Foi Angela Merkel e o eixo que a chanceler traçou com o Presidente francês cessante, Nicolas Sarkozy, para “governarem” sozinhos uma Europa em crise. Um eixo franco-alemão, que levou o Euro para a beira do precipício e que fica comprometido com a queda do co-protagonista Sarkozy, deixando a Presidente Alemã a falar sozinha.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Fome (crónica publicada no Novo Jornal)

Com efeito, todas as manhãs vinham à cozinha da criadagem, em minha casa, camponeses cheios de fome que se punham a mendigar de joelhos por um pedaço de pão. E, numa das últimas noites, tinham deitado uma parede do meu celeiro e roubado de lá vinte sacas de trigo (…) A revolta alastra entre eles (…) Os famintos revoltam-se contra os que têm de comer … E estes irritam-se com os famintos… Sim… Não é este o momento para nos zangarmos, mas para sermos indulgentes. A fome é má conselheira, enlouquece os homens, torna-os ferozes, selvagens (…) Um faminto torna-se insolente e rouba; e até pode vir a fazer coisas piores… é necessário que isso se compreenda”. («A minha mulher», de Anton Tchekhov).