segunda-feira, 30 de abril de 2012

Histórias de amor (crónica publicada no Novo Jornal




Fotos: thetutuprojecto.com

O minúsculo tutu cor-de-rosa faz sobressair os pneus e a barriga peluda. A peça de bailarina está em contradição com o corpo másculo e desajeitado. O resultado comove pela beleza anacrónica que anula a dessincronia entre o objecto e a paisagem que lhe serve de fundo.
«The Tutu Project» nasceu em 2003. Confrontado com a doença da mulher (cancro da mama), o fotógrafo norte-americano Bob Carey decidiu deixar-se fotografar de fato de bailarina cor-de-rosa em inúmeros cenários para fazer sorrir a mulher Linda, amenizando-lhe a dor.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O poder da emoção (crónica publicada no Novo Jornal)

“Querida Asma… Algumas mulheres preocupam-se com o estilo e algumas preocupam-se com a sua gente.
Algumas mulheres lutam pela sua imagem e algumas lutam pela sobrevivência.
Algumas mulheres esqueceram-se que pregaram pela paz e algumas só podem rezar pelos seus mortos.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

É bom ser simpático (crónica publicada no Novo Jornal)*

Uma equipa de investigadores norte-americanos realizou uma experiência que aponta para uma ligação entre a simpatia das pessoas e a sua genética.
Com medo de interpretações abusivas, os cientistas tiveram o cuidado de avisar que não descobriram "um gene da simpatia", mas que o ADN ajuda a explicar os comportamentos ligados à generosidade, a preocupação pelos outros e a participação cívica.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A Dama de Bambu (crónica publicada no Novo Jornal)

Após uma longa travessia no deserto, Aung San Suu Kyi foi eleita, com um resultado esmagador, nas eleições intercalares de domingo para o Parlamento Federal birmanês. De nada valeram as manobras das autoridades de Nyanmar, antiga Birmânia, para boicotar a candidatura da líder da oposição, como a censura ao seu discurso eleitoral transmitido na televisão e rádio.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Vida sem borracha (crónica publicada no Novo Jornal)

Viveu com traço forte e sem usar a borracha para eliminar borrões. Até ao último momento. Millôr Fernandes morreu terça-feira, aos 88 anos, deixando um legado que não tem paralelo no Brasil. E que começou cedo.
Cedo Millôr Fernandes enfrentou a vida como os toureiros lidam o touro. Pegando-lhe de frente.