Esta não é a primeira vez que investigadores desta associação, criada em 1903, no Reino Unido, e com vasto trabalho de preservação em vários continentes, descobrem espécies novas.
Mas as características deste réptil, de 15 centímetros, estão a deixar os herpetólogos atónitos. O bicho, baptizado com o nome Dibamus dalaiensis, recorre ao olfacto para detectar as suas presas, porque é cego, não tem patas e vive debaixo de terra.
De olhos bem abertos andam os italianos. Para além do escândalo no Vaticano - já conhecido como Vatileaks – os italianos foram confrontados com o seu sonho, segundo a perspectiva dos artistas Antonio Garullo e Mario Ottocento.
«O Sonho dos Italianos» consiste numa recriação de Silvio Berlusconi morto, exposta no Palazzo Ferrajoli, no centro de Roma.
Tal como os Papas no Vaticano, o corpo de «Il Cavaliere» está no interior de uma urna de cristal. Berlusconi tem a mão direita sobre o livro «Uma História Italiana» e a mão esquerda dentro das calças, ligeiramente abertas, sobre os genitais cobertos. Nos pés, Silvio tem calçadas uma pantufas da personagem de banda desenhada Mickey Mouse.
Com esta “obra de arte”, os artistas pretendem transmitir a ideia do “culto da personalidade dos líderes dos últimos tempos”, pondo em destaque a realidade contingente e o juízo histórico.
“Os italianos são, em última instância, um povo de santos, poetas e navegantes, pelo que Berlusconi tinha de estar numa exposição assim”, explicaram António Garullo e Mario Ottocento.
Pelo que se conhece, Berlusconi não revelou veia poética, não consta que seja navegante e a sua santidade não merece sequer ser ponderada. Agora, que fica para a histórica, fica; não pelos seus feitos, mas pelos seus múltiplos efeitos.
A recriação de Berlusconi retira Jacob Zuma da solidão inspirativa. O Presidente da África do Sul já não é o único a inspirar artistas, embora haja óbvias diferenças entre os objectos e as criações.
Berluconi já não é Presidente e surge deitado na obra de arte (morto ou adormecido, ambas as interpretações são possíveis); Zuma está na posse do cargo e, no quadro «A Lança», surge de pé, hirto, em pose napoleónica. Silvio está com uma das mãos dentro das calças, sobre os genitais, numa alusão à sua vida pessoal, muito ligada às festas bunga bunga. No seu quadro, o pintor sul-africano Brett Murray também pôs em maior evidência os genitais de Jacob, mas ao contrário dos de Berlusconi, surgem expostos, tal como a sua vida privada.
A “nudez” de Zuma continua a servir de lastro a inflamados protestos, liderados pelo Congresso Nacional Africano (ANC), o partido no poder. Após uma queixa em tribunal, o quadro foi retirado da exposição da Goodman Gallery, em Joanesburgo, depois de ter sido vandalizado, e foi removido do site do jornal City Press. Mas, não satisfeitos, os partidários do ANC foram, esta semana, para a rua manifestar apoio ao seu Presidente, incapazes de perceber que o busílis não está na obra, nem no criador. Está na fonte de inspiração.
Em matéria de inspiração esta não se revelou uma semana favorável à directora-geral do Fundo Monetário Internacional, a francesa Christine Lagarde.
Numa entrevista ao diário britânico «The Guardian», Lagarde discorreu sobre a tragédia que se abate sobre os gregos, afirmou que está mais preocupada com as crianças da África Subsaariana e aconselhou os gregos a pagarem os impostos, em vez de se lamentarem.
As críticas pelo teor e tom da entrevista não vieram só dos gregos – já eram de esperar. O próprio governo francês, através do seu porta-voz, Najat Vallaud-Belkacem, reagiu com desagrado às declarações de Lagard: ”Acho-as um pouco simplistas e estereotipadas. Penso que, neste momento, não temos de dar lições à Grécia”.
O tiro atingiu, de forma certeira, o pé da directora-geral do FMI, conhecida pela sua pose elegante e pelos seus fatos caros. Lagarde recebe mais de 380 mil euros por ano (mais de 469 mil dólares), auferindo um salário base de 323.357 euros a que se juntam mais 57.829 euros em despesas de representação. E, como goza de um estatuto fiscal específico, na qualidade de funcionária internacional, não paga impostos.
Para disparates destes, mais vale cego, surdo e mudo, como o lagarto do Cardamomo.
Gosto muito da escrita desta casa honrada.
ResponderEliminarDesta vez, tenho pena, mas tenho que lavrar, exarar um protesto: o título não configura com a matéria.
Lagarto, titula-se, mas, infelizmente, na matéria não se fala do meu Sporting,
Está mal!
O:-)
Protesto aceite. Penitencio-me pela heresia e pela utilização abusiva da expressão.
ResponderEliminarAbraço.
Portanto, pelo que se percebe, vem aí post sobre o Sporting...
ResponderEliminarIupi!!!!!!
Não digo que não, caro Alex. Não tenho temas tabu...
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