“Lucía tem razões para chorar; minha mãe, para dar graças ao
pobre e leproso São Lázaro; eu e muitos cubanos em nos sentirmos aturdidos, mas
felizes por estarmos despertos. Esta é a realidade: Cuba e EUA anunciam que
restabelecerão relações. Um dia para ficar na história. Uma porta que se abre
para um futuro que, necessariamente, terá que ser melhor. Com todos e para o
bem de todos, como disse certa vez José Martí”.
Este blogue contém as crónicas publicadas pela autora no semanário angolano «Novo Jornal».
sexta-feira, 26 de dezembro de 2014
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
A verdade (crónica publicada no Novo Jornal*)
O que apresenta de verdadeiramente novo o relatório do
Senado norte-americano sobre o programa de interrogatórios da CIA a suspeitos
de terrorismo? Nada.
Não há nada de novo a não ser o facto de, pela primeira vez,
um documento oficial reconhecer que a CIA praticou actos de tortura durante
interrogatórios, o que, à partida, inquina os resultados dessas diligências,
como é do senso comum e da literatura científica e policial.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
A desconfiança e o abraço (crónica publicada no Novo Jornal*)
A Alemanha homenageou quarta-feira a jovem turca que morreu,
depois de defender duas adolescentes que estavam a ser assediadas por um grupo
de três homens na casa de banho de um restaurante em Offenbach, a poucos
quilómetros de Frankfurt.
O funeral de Tugce Albayrak, que esteve duas semanas em coma,
emocionou a Alemanha e desencadeou uma onda de comoção. A sua morte tornou-se
um símbolo contra a indiferença. Ao contrário de outras pessoas que se
encontravam no restaurante e que ignoraram os gritos, a jovem universitária foi
em socorro das adolescentes e impediu que o assédio se transformasse em
agressão.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
Demónios (crónica publicada no Novo Jornal*)
Tamis Rice com uma pistola de brincar, pouco antes de ser morto
Tamis Rice tinha 12 anos. No sábado, foi ao parque como
tantas vezes fizera. Oito minutos depois tombou, atingido por dois tiros
disparados por um polícia.
As imagens de uma câmara de videovigilância mostram a forma
precipitada como a polícia reagiu, depois de ser chamada. Soube-se mais tarde,
pela gravação divulgada pela polícia de Cleveland, que a pessoa que telefonou advertiu
que a arma provavelmente era de brincar. Mas a actuação policial ignorou
completamente a advertência, porque a central não informou os dois agentes
desse pormenor. Tão pouco alertou que se tratava de um menor.
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