O índice de bem-estar e qualidade de vida Gallup-Healthways, publicado nos Estados Unidos, encontrou no Havai a pessoa mais feliz da América. Trata-se de Alvin Wong, um americano de origem asiática, de 69 anos de idade. O homem, que professa a religião judaica, é casado, tem filhos, gere o seu próprio negócio e tem um rendimento anual à volta dos 120 mil dólares.
A pesquisa realizou-se ao longo dos últimos três anos e incidiu sobre mil -norte-americanos adultos, a quem o índice questionou sobre vários indicadores relacionados com o bem-estar, com base numa fórmula previamente concebida e que tem em conta o pressuposto de que os homens tendem a ser mais felizes do que as mulheres e que as pessoas mais velhas estão mais satisfeitas do que as de meia-idade.
O vencedor vive em Honolulu, no Havai, o estado que ficou posicionado em primeiro lugar, com 71.0 pontos, no Top 10 no índice de bem-estar de 2010, logo seguido de Wyoming, com 69.2, e North Dakota, com 68.4.
Alvin Wong, cujo sorriso confirma o seu novo estatuto, justifica o seu estado de permanente felicidade com a filosofia de vida que adoptou: “Se não consegues rir de ti próprio, a vida vai ser uma desgraça para ti”.
Ora aqui está um conselho que o actual Presidente dos Estados Unidos deve seguir à risca, introduzindo-lhe umas nuances, que é saber rir com os disparates que os outros dizem a propósito dele próprio.
Barack Obama tem à partida duas vantagens para se tornar no homem mais feliz da América. O actual Presidente nasceu no Havai, por mais que os republicanos tentem dizer o contrário numa das mais abjectas campanhas políticas de que há memória, porque se baseia em pressupostos racistas; e é americano de origem africana (deduz-se que a multiculturalidade seja um ponto a favor, porque Alvin Wong também partilha essa característica).
Obama só tem de ter em conta que enquanto estiver na Casa Branca não pode aspirar a liderar o índice de bem-estar da Gallup-Healthways. O estado de Washington-DC nem faz parte do Top 10 dos estados mais felizes de 2010. E pelo rumo da política norte-americana, que vai aquecer com as eleições presidenciais à porta, prevê-se muito azedume.
Em estado de felicidade devem estar os noivos mais famosos da actualidade – William e Kate Middleton - que dão o nó nesta sexta-feira, dia 29.
O mesmo não se pode dizer dos dois últimos ex-primeiros ministros do Reino Unido. Tony Blair e Gordon Brown, do Partido Trabalhista, não fazem parte da lista de convidados, ao contrário do que sucede com os anteriores titulares do cargo, os conservadores John Major e Margaret Thatcher.
A Casa Real já veio a público justificar que a ausência dos primeiros não tem nada a ver com opções partidárias, mas sim com razões monárquicas. Major e Thatcher pertencem à Ordem da Jarreteira e Blair e Brown não passam de simples plebeus, sem qualquer título nobiliárquico.
Esse é, também, o critério que leva à cerimónia real, pelo menos oito ditadores, a fazer fé na contabilidade da Human Rights Foundation, que acusa o casamento de William e Kate de estar “divorciado dos direitos humanos”.
Pela passadeira vermelha estendida na Abadia de Westminster vão passar o príncipe herdeiro do Bahrein Salman bin Hamad, o príncipe herdeiro do emirado de Abu Dhabi Mohammed bin Zayed Al Nahyan, o xeque do Kuwait Sabah al Ahmed al Sabah, a princesa de Marrocos Lala Salma, o emir do Qatar Hamad Bin Jalifa al-Thani e Sayyed Haythan bin Tariq Al Said de Omã.
“Todos representam governos que oprimem os direitos humanos e negam a democracia no mundo árabe”, denunciou a organização, que integra no seu conselho o Nobel da Paz de 1986, Elie Wiesel (sobrevivente dos campos de concentração nazis), e a activista do Uzbequistão Mutabar Taddibaeva, nomeada para o Nobel da Paz em 2005.
Mas nada disto parece interessar aos dois mil milhões de telespectadores que em todo o mundo vão acompanhar a cerimónia real britânica que parece estar a reconciliar os súbditos de Sua Majestade com a monarquia.
Ao contrário de Carlos e Diana, os pais do noivo, que se conheciam há poucos meses quando se casaram, William e Kate têm uma história de amor com vários anos de namoro, como sublinha a escritora britânica Penny Junor, autora de vários livros sobre a família real.
E não há nada que mais emocione o mundo do que uma boa história de amor, nem que pelas suas páginas se passeiem vários carrascos.
Sem comentários:
Enviar um comentário