Foto: Afonso Francisco/Novo Jornal
Em Luanda, as motos não se submetem ao Código de Estrada.
Não obedecem a regras.
Só à vontade de quem as conduz.
E parece que vivem num mundo à parte.
É vê-las a circular no asfalto,
nos passeios,
e nos locais destinados exclusivamente a peões.
Elas passam sinais vermelhos,
nas barbas da polícia, que nem pestaneja à sua passagem.
Andam em contramão, até nas vias de sentido único,
e surgem de qualquer lado, mesmo dos mais inusitados.
Circulam com mais do que um passageiro - às vezes dois, às vezes mais - sem qualquer acessório de segurança, como o capacete que, segundo o novo Código de Estrada, é obrigatório.
Acessório, aliás, que para os motociclistas não passa de um adereço, sujeito a modas, como a que agora está em voga: o capacete de cavaleiro.
É um adereço bonito, mas numa moto não serve para nada, para além de segurar o penteado.
Em Luanda, as motos são mais perigosas e letais do que qualquer outro veículo que com elas disputa o asfalto.
E matam muitos jovens.
Porque não há quem as controle.
Só não percebo porquê?
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