quarta-feira, 16 de março de 2011

De taco na mão


Portugal é cada vez mais o país dos ricos.
Os jovens, da autoproclamada “geração à rasca”, não têm emprego e os que têm são precários.
Os de meia idade vão perdendo o emprego, as regalias que foram conquistando em anos de trabalho, e o poder de compra.
Os velhos vêem minguar a reforma, os medicamentos a aumentar de preço e os seus parcos rendimentos a serem tributados cada vez mais.
No supermercado há mais produtos a serem tributados com a taxa máxima de IVA - 23 por cento - pesando sobre os bolsos de quem tem cada vez menos para gastar.
Os ricos, esses, estão cada vez mais ricos – o país tinha dois empresários na lista da Forbes, em 2009, agora tem três e com riqueza acumulada a subir.
E a riqueza deles bem pode continuar a subir, porque o governo socialista de José Sócrates resolveu baixar o IVA do golfe – desporto praticado maioritariamente por pessoas oriundas das classes sociais com maiores rendimentos - de 23 para 6 por cento.
Está certo.
Das duas uma: ou se arrasa tudo para se transformar Portugal num imenso campo de Golfe e democratizar a prática da modalidade; ou a populaça emigra e deixa o país entregue aos golfistas.
Nada garante é que, em pouco tempo, não fiquem de taco na mão.

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