Foto: Afonso Francisco/Novo Jornal
Paul Krugman esteve em Angola para participar numa conferência, organizada pelo BPC e o Facide, subordinada ao tema «Como construir uma economia forte».
Com a frontalidade que o caracteriza, o Nobel da Economia de 2008 não dourou a pílula e qualificou Angola como "pobre" porque "um país com carências na saúde e na educação não pode ser desenvolvido".
O desenvolvimento de um país "não se faz com magia", mas com pragmatismo e humildade na governação, afirmou o economista norte-americano, conhecido por defender a economia social.
Krugman deixou claro que o dinheiro arrecadado com a venda do petróleo deve ser investido na saúde e na educação, por serem os sectores que garantem a estabilidade social e contribuem para diminuir a pobreza.
Tudo o resto é efémero e não chega a todos, tendo como consequência um país "tremendamente assimétrico", como constata o economista angolano Justino Pinto de Andrade, na sua crónica «Rios de Tinta», publicada no semanário «A Capital».
"(...) Se somos ricos, será apenas no potencial.
Na realidade o nosso país é pobre, demasiado caro, muito desigual, tremendamente assimétrico, e bastante penalizador para os seus segmentos mais desfavorecidos".
Sem comentários:
Enviar um comentário