terça-feira, 20 de julho de 2010

O cobrador de fraque (2)

E não é que isto está mesmo tudo ligado!
Em Maio deste ano, o ministro português das Obras Públicas, António Mendonça, ouviu alguns empresários lusos em Luanda a queixarem-se e a equacionarem a possibilidade de pararem as obras que tinham em Angola caso o Estado angolano não começasse a pagar a dívida.
O ministro, num encontro organizado pelo AICEP, optou pelo optimismo, realçando que os problemas tinham uma "natureza conjuntural".
E lembrou que duas semanas antes, o ministro das Finanças português, Teixeira dos Santos, esteve em Angola a trabalhar com o seu homólogo angolano na operacionalização de uma linha de crédito, no valor de 500 milhões de euros, criada em 2009 e que, segundo o titular da pasta das Finanças, iria "finalmente" ser activada e usada por Angola para essencialmente pagar às constructoras.
Depreendo, portanto, que essa linha esteja "finalmente" operacional e que o Estado português, perdão, angolano vai começar a pagar às empresas portuguesas.
Fico na dúvida, porque isso José Eduardo dos Santos não disse.
E Cavaco Silva também não.

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