Um canadiano reformado, que há mais de um ano perdeu a mulher
para o cancro, ganhou um prémio de 40 milhões de dólares na lotaria. O maior
prémio que alguma vez foi entregue na região de Calgary, onde reside.
O vocalista da banda britânica Lostprophets foi condenado a
35 anos de prisão por tentativa de violação de um bebé e múltiplas agressões
sexuais sobre menores. Ian Watkins, de 36 anos, “atingiu novos patamares de
perversidade”, justificou o juiz do Tribunal de Cardiff, no País de Gales,
chocado pelos horrores que viu desfilar à sua frente. Duas fãs de Watkins, que
deram os seus próprios filhos ao cantor, foram condenadas a 17 e 14 anos de
cadeia. O ex-vocalista, que se deu como culpado de 13 acusações, tentou também
violar uma bebé de 11 meses na presença da mãe e encorajou uma outra das suas
fãs, via webcam a abusar do seu próprio filho. A lista de atrocidades cometidas
é confirmada por vídeos “muito explícitos e penosos”, a que o júri foi poupado
porque Watkins decidiu no último momento dar-se como culpado. No final do
julgamento, o juiz testemunhou o seu espanto. “Aqueles que vêm aos tribunais
durante muitos anos vêem aqui um grande número de casos horríveis. Este é
pioneiro. Qualquer pessoa decente sentirá estupor, repulsa e incompreensão”. O
ex-vocalista da banda de rock alternativo justificou a sua conduta com o
“desejo de chocar e ultrapassar os limites da sexualidade”. Nos anais da
história fica conhecido como mais uma aberração.
O arcebispo anglicano Desmond Tutu afirmou esta semana que
Nelson Mandela ficaria chocado se soubesse que os africânderes (sul-africanos
brancos descendentes dos colonos europeus, sobretudo de origem holandesa)
tinham sido excluídos do seu funeral. Para além de registar a ausência da
Igreja Protestante Holandesa, o arcebispo criticou o uso limitado da língua
africânder durante a cerimónia e reprovou as acções do Congresso Nacional
Africano (ANC), partido de Mandela, após a morte do primeiro Presidente da
Nação arco-íris. Desmond Tutu, que lutou toda a sua vida ao lado de Madiba e do
ANC contra o apartheid e que foi reconhecido, por essa luta, com a atribuição do
Prémio Nobel da Paz, também não foi convidado para o funeral de Mandela em
Qunu, terra natal do ex-Presidente. A cerimónia foi anunciada como estritamente
familiar, mas contou com a presença de pessoas de todo o mundo, políticos e
artistas incluídos. Dela foi excluída, nos convites formulados pelo Governo e
pela família de Mandela, uma das bandeiras contra o apartheid: o homem que
presidiu à Comissão de Reconciliação e Verdade, criada por Madiba para fechar
as feridas abertas durante os anos de segregação. Algumas permanecem abertas e
ameaçam infectar. Nelson Mandela partiu, mas deixa um legado para a Humanidade
e para a África do Sul. Desmond Tutu afirma-se como guardião dessa herança. A
sua voz continua viva. É preciso ouvi-la. Tal como é preciso estar atento ao
povo que, na despedida ao pai da Nação multicolor, fez questão de se fazer
ouvir na enorme vaia que dirigiu ao actual chefe de Estado sul-africano. Será a
melhor homenagem a Madiba.
Nesta quadra natalícia, gostava de dar apenas boas notícias.
Mas, infelizmente, não há só boas notícias…
*Publicada no dia 20 de Dezembro de 2013
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